sexta-feira, 5 de abril de 2013

Previna crises de alergia nas crianças com oito cuidados

É fácil saber se o seu filho tem predisposição genética a alergias: basta olhar o histórico familiar. Segundo o International Study of Asthma and Allergies (ISAAC), quando um dos pais tem uma alergia, o risco de o filho também ter algum tipo é quatro vezes maior. Se o casal tiver o problema, o risco para a criança passa a ser sete vezes maior. Mas isso não quer dizer que ele terá alguma crise logo nos primeiros meses de vida. "Normalmente, os primeiros acessos de alergia ocorrem antes dos dez anos de idade, mas podem aparecer até na fase adulta", afirma o pediatra Antonio Carlos Turner, coordenador do serviço de Pediatria do Hospital Balbino (RJ) e membro da Sociedade Brasileira de Imunizações. Existe uma lista de hábitos capazes de retardar ou até evitar o desenvolvimento de quadros alérgicos e os especialistas explicam cada um deles para você. 

Bebê mamando na mãe - Foto: Getty Images

Amamentação exclusiva até os seis meses de vida

Essa recomendação é unânime entre os especialistas: a amamentação fornece anticorpos e nutrientes que aumentam a proteção do bebê contra alergias. Leite de vaca ou qualquer outro alimento não tem tantos benefícios assim. Mas não se engane: é comum parecer que o bebê tem mais refluxo quando amamentado e a mãe pode achar que isso é sinal de alergia ou intolerância. "O leite materno tem digestão mais fácil e também provoca mais casos de regurgitação, mas isso não é um problema para o bebê", afirma o pediatra Antonio Carlos. 
Criança dando beijo no cachorro - Foto: Getty Images

Animais de estimação

Há alguns estudos indicando que a criança que tem contato com bicho de estimação desde pequena pode ficar mais resistente a alergias. "Mas ainda são necessárias pesquisas mais aprofundadas para realmente comprovar esse efeito", afirma a alergista Ana Paula Castro, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) e médica da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (USP). Ela recomenda evitar que os animais com pelos e penas fiquem dentro do quarto da criança, principalmente na hora de dormir. "Fique atento também se a criança costuma espirrar, coçar os olhos ou ter outros sintomas de alergia quando brinca com o bicho." 
Pediatra e criança - Foto: Getty Images

Acompanhamento pediátrico

Levar o filho ao médico somente quando ele está doente não é a melhor forma de prevenir alergias. "A consulta regular ajuda a promover o bem-estar da criança e a manter a saúde, evitando doenças", afirma Antonio Carlos Turner. O pediatra também ajuda a mãe a perceber sintomas de alergias na criança. Por isso, o bebê deve ser levado ao médico uma vez por mês até chegar aos seis meses de vida. Depois dessa fase, a consulta pode ser mais espaçada, de acordo com a orientação do especialista. 
Mãe passando protetor solar na criança - Foto: Getty Images

De olho na pele

"Em boa parte das crianças com até cinco anos de idade, a dermatite atópica (alergia na pele) é o primeiro sintoma de alergia", afirma o alergista e imunologista Marcello Bossois, coordenador do Projeto Social Brasil Sem Alergia. Se o seu filho tem predisposição genética, vale ter o cuidado dobrado de comprar xampus, sabonetes e outros cosméticos neutros e hipoalérgicos, para não deixar a pele irritada e mais sensível. Meninas que brincam com maquiagem precisam usar produtos feitos especialmente para crianças, de preferência com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
Criança comendo melancia - Foto: Getty Images

Alimentação adequada

Vitaminas, minerais e outros nutrientes devem fazer parte do prato da criança para deixá-la sempre com as defesas do organismo prontas para combater agentes do ambiente que causem alergias. Inclua no cardápio frutas, legumes, verduras, peixe e castanhas. Um estudo da University of Gothenburg, na Suécia, publicado no periódico Acta Paediatrica, indicou que crianças que começam a comer peixe a partir dos nove meses de idade são menos propensas a sofrer com a respiração ofegante na idade pré-escolar, complicação relacionada à asma. 
Pais brigando na frente da criança - Foto: Getty Images

De olho no estresse

Tanto a rotina estressante quanto episódios trágicos que possam causar muita tristeza na criança podem deixar o corpo mais vulnerável a alergias. "A criança pode desencadear um quadro alérgico, por exemplo, depois da separação dos pais", afirma a alergista Ana Paula. Procure conversar sempre com seu filho e prestar atenção no seu comportamento. Se achar necessário, busque a ajuda de um psicólogo. 
Quarto infantil - Foto: Getty Images

Crie um "quarto hipoalérgico"

Para evitar rinite alérgica, elimine os focos de mofo e os objetos que acumulam ácaro, poeira e outros alérgenos, como cortinas de tecido, almofadas, tapetes peludos e bichos de pelúcia. Segundo os especialistas, se esses itens estiverem presentes no quarto, é preciso manter o cuidado de limpá-los sempre e deixá-los no sol algumas vezes. As janelas precisam ser abertas todos os dias a fim de deixar o ambiente ventilado. Para evitar irritações na mucosa nasal por causa do cheiro forte de produtos de limpeza, mantenha a criança fora do quarto até uma hora após a limpeza. 
Menina de boia fazendo natação - Foto: Getty Images

Incentive o seu filho a fazer natação

A natação é uma ótima atividade para fortalecer os músculos e aumentar a resistência do sistema respiratório e cardiovascular, ajudando a prevenir asma e outras alergias respiratórias. "Mas prefira piscinas de água aquecida e com sal, pois a temperatura fria e o cloro podem agravar crises alérgicas em longo prazo", recomenda o alergista Marcello. Se nadar não for o hábito predileto do seu filho, incentive outra atividade física que ele goste - todo exercício traz benefícios ao aparelho cardiorrespiratório da criança. 







Vença os desafios do namoro à distância

O final do ano é a fase em que muitas pessoas planejam uma grande mudança na vida: estudar ou trabalhar em uma cidade distante ou outro país. Um dos maiores desafios dessa decisão é manter um relacionamento amoroso com o parceiro que fica. Saudades, ciúmes, confiança, regras, falta de contato físico - tudo pode ser um tremendo motivo para terminar, mas especialistas afirmam que é possível contornar a situação. Casais que se veem todo dia podem ficar até mais distantes afetivamente do que casais que têm relacionamento à distância, mas mantêm um diálogo frequente. Já parou para pensar como está a sua situação? Aproveite os comentários de psicólogos para vencer a barreira física. 

Combinar regras - Getty Images

Combinar regras

Como será o relacionamento de vocês? Em que momento do dia vocês irão conversar? Combinar alguns pontos da relação ajuda a evitar desentendimentos desnecessários. "A principal regra é compreender que a distância é passageira e que, naquele momento, é necessária", afirma o psicólogo Breno Rosostolato, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. 

Às vezes, a correria deixa pouco tempo do dia para o casal conversar e não vale a pena gastar esse momento brigando. Segundo o psicólogo Vitor Sampaio, de São Paulo, estabelecer regras pode ser mais fácil se o casal tiver ideias parecidas. "É difícil ficar com alguém que tem crenças e objetivos de vida opostos aos nossos ou simplesmente que apontem para um estilo de vida no qual não nos vemos", diz.  

Mulher conversando pela webcam - Getty Images

Diálogo

Mais importante do que ter ou não personalidade similar a do parceiro é manter uma sintonia. Vitor Sampaio explica que o casal deve saber o que rege seus sentimentos e comportamentos, entender as brigas e os planos e compreender o sentido que rege o "estar junto". A melhor forma de alcançar isso é com o diálogo. "A conversa é a base para estabelecer regras e limites bem como expectativas para poder avaliar e manter o relacionamento", conta a psicóloga Andréia Calçada, do Rio de Janeiro. 

Cabe ao casal decidir quantas vezes esse diálogo acontecerá, se uma vez por dia ou três vezes por semana, por exemplo. "É importante manifestar os sentimentos nesse momento, mas sem cobrança ou em tom de desconfiança", opina o psicólogo Breno. Esse também será o momento de vocês se divertirem juntos. Que tal fazer algo prazeroso, como comentar sobre um programa que os dois gostam de assistir ou um livro que os dois estão lendo?  

Casal tirando foto durante viagem de turismo - Getty Images

Encontros esporádicos

Encontrar-se depois de tanto tempo sem se ver pode gerar estranhamento, mas Andreia Calçada lembra que o que gera afinidade é o convívio. "Ao ficarem separadas, as pessoas conhecem pessoas e formas novas de viver e pensar e acabam mudando o jeito de ser sem perceber", explica. Manter sempre um contato, mesmo que virtual, ajuda a lidar com essas mudanças aos poucos e não de uma vez só.  
Homem nervoso na frente do notebook com um martelo - Getty Images

Ciúmes

Trabalhar a confiança é importante em todo relacionamento, principalmente se for à distância. "O estado de abandono pela ausência do parceiro muitas vezes é pautado num estado de ameaça e de perda, gerando insegurança", explica Breno Rosostolato. Mas ele conta que um casal que se conhece e sabe das características de cada um tem mais estrutura para suportar esse estado. Vale lembrar que, assim como você, o parceiro precisa conviver com outras pessoas. Ter ciúmes de amigos do mesmo sexo que o companheiro, por exemplo, pode ser exagerado demais. 

Casal abraçado na cama - Getty Images

Falta de contato físico

Essa ausência é difícil de suprir e cabe ao casal saber até que ponto consegue aguentar. "Conversar sobre tudo, sem exceções ajuda muito a confortar e reestabelecer a falta do carinho físico", recomenda o psicólogo Breno. Se essa falta não lhe incomodar, vale a pena fazer uma reflexão sobre o que a distância representa. "Será que você está fugindo de um contato mais íntimo ou está justamente buscando a possibilidade de um contato íntimo que acha difícil de permitir pessoalmente?", exemplifica Vitor Sampaio. Conversar com um psicólogo pode ajudar a encontrar uma resposta. 
Mulher conversando por telefone com porta-retrato na mão - Getty Images

Perspectivas futuras

Manter o relacionamento à distância por muito tempo pode ficar inviável. O casal precisa decidir junto quando isso irá acabar, mas falar sobre o futuro pode ser estressante quando não há decisões concretas. "Ainda assim, é necessário estabelecer essa conversa para que a realidade e as expectativas possam ser equilibradas e a ansiedade e o sofrimento diminuídos", diz a psicóloga Andreia. 

É bem provável que alguém tenha que ceder em algumas situações para conseguir um bem maior - o de ter a pessoa querida por perto. "Algumas pessoas sustentam a falsa crença de que ceder é parecer fraco", comenta Vitor. Ceder só será preocupante quando vier de apenas um lado da relação, já que os dois precisam se adequar e abrir mão de algumas coisas para ter um equilíbrio.  

Mulher triste com saudades - Getty Images

Conhecer melhor o outro

Mesmo entre pessoas casadas, o relacionamento é uma eterna troca de conhecimentos entre os dois, já que todos mudam com o passar dos anos. O psicólogo Breno lembra que tanto os momentos bons como os ruins ajudam a fortalecer a relação. "A intimidade e a cumplicidade são construídas justamente diante do conflito da distancia entre os amantes", diz o profissional. 




Inclua mais frutas na dieta com esses sete hábitos

Mais do que uma opção saudável de alimento, as frutas são essenciais para o bom funcionamento do organismo. Fontes de vitaminas e minerais, elas deveriam ser consumidas todos os dias em pelo menos três porções. Por isso, se essa regra ainda não faz parte da sua rotina e você quer aumentar a inclusão de frutas na dieta, preste atenção às dicas que as nutricionistas Amanda Epifanio Pereira, do Citen (Centro Integrado de Terapia Nutricional), e Daniela Cyrulin, de São Paulo, sugerem.

Suco de laranja - Foto Getty Images

Peça suco
A maioria dos restaurantes já oferece opções de sucos naturais no cardápio. Ainda assim, muitas pessoas optam por acompanhar a refeição com um calórico refrigerante. Se você é uma dessas pessoas, saiba que, além de não estar consumindo nenhum nutriente, você está colocando a sua saúde em risco, alerta a nutricionista Daniela.

Por outro lado, não pense que beber sucos naturais é uma alternativa ao consumo do alimento sólido. Isso porque as fibras presentes no bagaço e na casca são, em geral, desprezadas no preparo. Além disso, o suco é muito mais calórico, uma vez que, para produzir o equivalente a um copo, são utilizadas várias frutas.

Café da manhã - Foto Getty Images

Inclua frutas nas refeições
Ricas em nutrientes e também deliciosas, as saladas que combinam frutas e verduras podem ser uma boa saída para aumentar o consumo diário desse alimento. Em alguns casos, a união pode até se complementar, como acontece com a couve verde e a laranja. "O ferro presente no vegetal só é absorvido na presença da vitamina C, encontrada na fruta", explica a nutricionista Amanda.

Ela também sugere incluir frutas logo no café da manhã. Nesse caso, não é preciso qualquer preparação especial para consumo, já que esse momento, em geral, precede algum compromisso. Se houver tempo, entretanto, pratos quentes mais rebuscados para o almoço ou jantar, como lombo agridoce com abacaxi, são uma ótima opção.

Homem comendo maçã - Foto Getty Images

Leve uma fruta com você
"Transportar frutas para o trabalho deve ser encarado como um ato de cuidado com a saúde e com o corpo e não como um fardo ou sacrifício", critica Amanda. Afinal, a maioria das pessoas carrega dezenas de inutilidades em suas bolsas e mochilas. Por que não incluir uma simples fruta?

Se a relutância é o medo de que ela amasse, saiba que há diversos produtos no mercado para auxiliá-lo, desde simples potinhos plásticos até recipientes no formato de cada fruta. Na ausência de protetores, invista na maçã, que é bastante resistente.

Frutas variadas - Foto Getty Images

Coma nos intervalos das refeições
De acordo com as nutricionistas, o ideal é que uma pessoa não passe mais de quatro horas sem ingerir qualquer alimento. Por isso, além das três refeições principais - café da manhã, almoço e jantar - recomenda-se fazer pequenos lanchinhos. "Nesses intervalos, o mais indicado é consumir uma fruta, pois é um alimento rico em micronutrientes e fibras, pouco calórico e com variedades para cada dia", conta Daniela.

Segundo a especialista, todas as frutas são boas opções de lanches, mas quem está seguindo uma dieta deveria evitar o abacate e o açaí, que são bastante calóricos.

Frutas secas - Foto Getty Images

Aproveite as variedades
É inevitável que, em algumas situações, você não tenha tempo de ir ao supermercado ou ainda não tenha se interessado a nenhuma oferta de fruta. Nem por isso você está fadado a passar o dia sem consumi-la. Uma alternativa são as frutas desidratadas. Embora industrializadas, elas também são ricas em nutrientes. Há diversas opções no mercado, como damasco, ameixa, abacaxi e banana.

Outra opção é comprar polpa congelada. Como o processo ocorre bem perto da hora da colheita, a fruta mantém as suas propriedades nutritivas. O importante é não ter medo de experimentar as variedades.

Morangos - Foto Getty Images

Acompanhe a estação
Algumas frutas, como o morango e o caqui, não estão disponíveis o ano todo. A primeira é típica dos meses de junho e julho e o caqui é comum nos meses de maio e junho. Por isso, é importante ter em mente ou mesmo anotar o que é melhor em cada mês. "Frutas sazonais compradas fora de sua época podem desapontar o consumidor, fazendo com que ele não consuma esse alimento", explica a nutricionista Amanda.

Por isso, o ideal é aproveitar a fruta da estação e, na falta dela, é possível ainda encontrar outras opções o ano todo, como banana, laranja, maçã e pêra.

Vitamina - Foto Getty Images

Crie vitaminas
A grande vantagem das frutas é que elas seguem a mesma lei que rege a nutrição: quanto maior a variedade, melhor. Assim, não tenha medo de criar combinações e misturar sabores com água, leite ou verduras. O único problema é que o alimento perde parte de suas fibras são ser batido no liquidificador. Por isso, o consumo de frutas não deve ser limitado apenas às vitaminas. Fique atento também para não deixar a bebida muito tempo parada. Ela deve ser consumida imediatamente após o preparo.